quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Dicas sobre Educação.

Depois da overdose de congresso (e ainda devendo o post exclusivo da área fonoaudiológica), trago aqui algumas informações que achei bem interessantes, e que podem auxiliar pais/professores/sociedade no trato com autistas.

1- Autistas têm dificuldades relacionais, e isso não é novidade. É importante que se faça a integração e inclusão dessa criança (principalmente na escola) gradativamente.
Não adianta jogar a criança em uma atividade em grupo e achar que assim está ajudando. Isso pode gerar uma crise e piorar essa sociabilidade. O ideal é que se comece com trabalhos em dupla ou trio, os quais exijam que cada componente faça uma coisa interligada com a atividade do próximo, como por exemplo, um corta, o outro cola; um dita, o outro copia, etc. Trabalha-se dessa forma para que a criança se sinta incluída nos grupos até alcançar o grupo maior.
2- Autistas podem ter déficits psicomotores associados, ou seja, dificuldades com a caligrafia, letra grande, tende a não respeitar os limites gráficos (parágrafos, linhas, margens), e por isso a necessidade de adaptação para que se saiam melhor nas atividades, como utilizar adaptadores de lápis (figuras abaixo), letras móveis, uso do computador, uso de cola bastão, papel maior e mais espesso, etc.
3- O autista aprende de uma forma DIFERENTE, o que define o perfil de aprendizagem, logo, exige relações entre currículo e material para efetiva inclusão.



Adaptador de Lápis feito com arame móvel

Adaptador de lápis feito com E.V.A e plástico micro bolha
De posse dessas informações, acredito que a consci~encia de uma educação diferenciada porém inclusiva é possível e não custa tanto.
A quem interessar, estou lendo o livro "Autismo e Inclusão", e recomendo a todos os pais e educadores, pois tem um conteúdo muito bom, com linguagem acessível de fácil entendimento. E achei bem barato, pois comprei no Congresso mais caro :/













" Parece que por apresentar dificuldades evidentes, a pessoa com autismo é menor, é menos gente, e não vai poder encarar e aproveitar a vida. Vejo como um exercício e o chamo de excercício do respeito a aprender a receber a pessoa como ela é, independente de qualquer coisa, incondicionalmente. Incluir é isso.
Incluir não é colocar gente doente com gente saudável. É colocar gente com gente. Isto é saúde."
(Maria Lucia Pellegrinelli)

Beijos

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