segunda-feira, 23 de maio de 2011

Em falta

Sei que este cantinho está abandonado, e teria mil justificativas para tal, no entanto sei que é questão de prioridade mesmo.
Essas últimas semanas estou fazendo o curso TEACCH que falei no post anterior, e, apesar dos contratempos (problemas técnicos no site da instituição e afins) tem sido bem proveitoso, e até agora (estamos na última semana) o que mais gostei além dos textos riquíssimos, são as possibilidades de estruturar uma rotina com materiais reciclados e com baixo custo. [Abafa que eu achei que o curso duraria uma semana, e na verdade ele tinha duração de 4 semanas].
Aqui em SL brinquedo educativo tem um custo relativamente alto, e percebi no curso que os objetivos desse material pode ser substituído por brinquedos feitos em casa, com a mesma função e aparência, mudando apenas a matéria-prima. E o melhor: com objetivos teoricamente respaldados, e não como fazemos com o brinquedo educativo no senso comum, onde compramos, damos à criança e achamos que automaticamente ele está fazendo sua função. Até faz, mas não de maneira completa como quando você tem noção real da importãncia e objetivos a serem alcançados.
Em relação ao pequeno, foram duas semanas cheias de muito trabalho, tudo muito cansativo. A fono retornou e ele estava até quinta-feira passada com dificuldades de readaptação, então foram 3 sessões com aproveitamento bem próximo de zero, com muito choro, autoagressão e com o aprendizado da famosa birra.
Guilherme aprendeu a GRITAR durante o choro e dá aquele show que envergonha e irrita qualquer mãe. Ele tem testado todos os meus limites e não tem sido fácil segurar a peteca, a paciência se esgota rápido, e logo vem a frustração, a vontade de chorar e de me sentir totalmente impotente diante da situação. Sempre tento seguir a linha da psicologia comportamental, mas sempre tem alguém em volta pra reforçá-lo tanto por falta de conhecimento quanto por dificuldade em lidar com uma criança aos prantos se jogando para todos os lados. Sem contar que sou humana, e NEM SEMPRE estou com aquela paciência de Jó.
Mesmo sabendo o motivo desses acessos (falta de atividades, ociosidade, ansiedade, irritação por não conseguir se comunicar desencadeando as crises de auto agressão), na prática é complicado. Essa semana passada foi recorde e MUITO cansativa. Passar 24hs com uma criança autista não é pra qualquer um. O apego, a rotina massante em um local pequeno, a falta de atividades, a falta de convivência com outras crianças (escola)...todos esses são fatores que colaboram para que ele GRUDE em mim e sinta maiores dificuldades quando está em outros ambientes, até que se adapte (que graças a Deus, Guilherme tem facilidade de adaptação. Algumas crianças demoram DIAS,  MESES para se adaptar a um novo ambiente, mesmo que seja só de passagem, uma visita, um passeio).
Estamos providenciando a escola para início em Agosto e estou tentando me preparar, bem como a escola que vai recebê-lo. Acredito que com ele pegando o ritmo da escola, as coisas fluirão com mais facilidade (AMÉM!).
Por outro lado, Guilherme tem mostrado sinais de independência em alguma atividades e aprendido outras tantas. Ele não sabe verbalizar, mas entende vários dos comandos que lhe damos, como pedir que ele sente, que levante, que nos olhe, que calce o sapato, que suba, que desça. Na útlima semana tem comido em sua mesinnha e cadeira a refeição inteira sem levantar ou querer brincar. E ontem, aprendeu a brincar adequadamente com o escorregador, subindo certinho e sozinho pela escada, que antes ele queria subir pelo lado contrário.
São pequenos avanços que para nos são bem significativos.
Pois bem, gente, que vocês tenham uma semana abençoada e assim que puder, volto com novidades :)
Beijos

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domingo, 1 de maio de 2011

Curso do método TEACCH

Amanhã começarei o curso  Ensino estruturado para autistas na abordagem TEACCH”, pela UNIAPAE, e terá duração de uma semana.
A expectativa é muito boa, e além de conhecimento teórico, teremos a parte estrutural de como utiliza-lo na prática e como fabricar os instrumentos. Estou deveras ansiosa, pois além de poder aplicar com meu pequeno, é mais um aparefeiçoamento dentro do que venho buscando para ajudar outras crianças no ambiente clínico.
Sobre o Guilherme, deu uma melhorada  essa semana, apesar de ainda não ter se adapatado à fono que está substituindo a dele (nem eu!). A dificuldade da equipe é clara, e a oficial já sabia direitinho como lidar com ele, mesmo com os percalços. Enfim, vamos seguindo adiante.
Essa semana, teve uma novidade...




O pequeno conseguiu com ajuda da mamãe pegar comida na colher e sozinho, encaminhá-la à boca, como visto na imagem :D.
Para a maioria da pessoas, algo comum, corriqueiro. Mas para quem vem seguindo um outro caminho, com algumas limitações, é um grande feito.
Comemoramos MUITO!




Além disso, tem comido melhor, maaaaas continua com os sustos madrugada à fora. Os sustos vêm acompanhados de agressividade, mas já estamos coneseguindo controlá-lo com técnicas da psicologia comportamental.
Enfim, essa semana devo ficar ausente, mas assim que possível volto com atualizações sobre o curso e se Deus quiser, boas novas do pequeno.
Beijão!