quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Ummm, dôôôs...

Hoje o tempo está curto, mas vale a pena passar por aqui.
Pois bem, nunca fui de chorar publicamente. Tenho certa dificuldade. Até choro bastante, mas só marido e travesseiros testemunham. Sempre consigo dar uma péssima disfarçada e as pessoas ficam na dúvida se chorei, se caiu um meteoro da paixão em meus olhos, se tenho alergia ou se sou retardada.
Não chorei quando Guilherme sentou, nem quando andou, nem quando correu. Ri, fiquei muito feliz, mas é tudo tão corriqueiro que não vi motivo pra chorar.
Desde que voltamos de São Paulo a gente vem fazendo alguns estímulos no Guilherme sem técnica alguma específica, apenas na intenção de não retroagi-lo, dele não perder tudo que aprendeu e desenvolveu com a Manu. Sem materiais e sem literatura de base. Apenas com o que tenho de lembrança acadêmica e estímulos que considero meio lógicos. Sem contar o amor infinito.
Começamos conversando muito com ele, tendo paciência, não mais gritando quando ele faz algo de errado e sim explicando com calma (o que pra mim, foi uma coisa acrescentada no dicionário agora) o porque de não poder isso ou aquilo. Contamos até 20 pra tudo.
Especificamente, começamos a oralizar todas as atividades que vão sendo feitas, com um tom acima do nosso normal e silabando as palavras pra ele perceber o movimento da boca. Tudo tentando fazer de forma dinâmica.
Uma das atividades é contar de 1 a 10 mostrando os números nos dedos e olhando em seus olhos prendendo sua atenção. De início ele ria bastante, mas entrou na brincadeira. Alguma vezes notei que ele observava minha boca e tentava fazer o mesmo movimento ao mesmo tempo sem emitir nenhum som, apenas acompanhando a dinâmica bucal.
Depois ele começou a rir em alguns numeros e a tentar falar outros de forma solta (ÁÁÁPO que seria o quatro; SÉCE que seria o sete).
Antes de ontem, para nossa surpresa e alegria, ele pegou nos proprios dedos e iniciou a contagem dizendo: "uuummmm, dôôôs". Não acreditamos! Nem que ele tinha falado, e nem que tinha iniciado a brincadeira.
Fizemos a maior festa e ele repetiu várias vezes até todas as nossas lágrimas se esgotarem. Sim, chorei. Feito criança, feito adulto, feito mulher, feito MÃE.
E sim, eu queria uma chamada do Jornal Nacional só pra gente :D Ou do Fantástico.
Pra quem tem filhos sem dificuldades cognitivas, uma palavra nova pode ser apenas mais uma, ou uma pequena surpresa.
Sabemos que não descobrimos a polvora e que existem muitos números depois do dôôôs, mas pra nós, que não somos profissionais especificamente da área, que estamos por enquanto na busca de profissionais e tendo que lutar com internet e nossos sentimentos, sim, foi muito mais que a descoberta até da roda.
E é indescritível ver seu filho com uma limitação quebrando os seus proprios limites e os nossos.
E depois disso, ele tem soltado palavrinhas de algumas músicas, tenta acompanhar, e na escola, ele PEDIU pra brincar no brinquedão, coisa que NUNCA havia feito.
Enfim, graças a Deus e todo amor que Ele nos deu para dar ao Guilherme, nosso filho está desenvolvendo a olhos vistos e logo teremos mais novidades.

Beijos, bom dia :)

5 comentários:

  1. eu não chorei, mas fico MUITO feliz com os avanços dele, sei que tu és uma mãe MUITO dedicada e que não mede esforços quando o assunto é teu filho.
    parabéns pela tua iniciativa e pelo aprendizado dele :)
    dindinha :D

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  2. =) E ele vai mais longe ainda, se depender da tua dedicação, Josinha!! Tenho certeza que com o seu amor e sua perseverança, logo logo o Gui estará bem assistido e com grandes conquistas!! Nem preciso dizer que sou 2 olhos cheios d'água né? Bjão

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  3. saiba que estou sempre torcendo por voces.
    parabens pro guiiiii. e pra tu e rogerioooo tbm

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  4. vocês são elos da minha corrente de força :)
    Obrigada SEMPRE.
    beijos

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